É a aliança que garante as respostas de Deus aos anseios e necessidades
Quando se fala em aliança, a lembrança mais prosaica que me vem é a do casamento. Volto ao longínquo passado, e me vejo de mão espalmada a examinar um par de alianças que, assim juntas, lado a lado, lembravam o símbolo matemático do infinito. Ao percorrer o indicador sobre as alianças, esse movimento do meu dedo na palma da mão traça-me na imaginação a figura de um oito deitado, símbolo das coisas que jamais teriam fim.
Mas, a coisa não funciona assim. Na abertura do livro Aliança com Deus, o bispo Macedo chama atenção sobre um contrato muito comum nas relações humanas: o casamento, esta instituição tripartite, em que dois dos contratantes, geralmente, se esquecem de uma primeira Pessoa: Deus. "Será que você cumpriu a sua parte nesse pacto?" pergunta o bispo Macedo, tendo como parâmetro esta sociedade em que os casamentos sem Deus são programados para o divórcio, e, quando há constância no relacionamento, percebemos que a maioria das pessoas se atura somente para salvar as aparências, vivendo uma a sugar o vazio da outra.
O bispo Macedo nos ensina que "aliança" é uma palavra que carrega em si fidelidade, doação e amor. Antes de fazer parte de uma aliança, Deus tem o privilégio e o direito divino de agir conforme lhe apraz; mas uma vez feita em Seu Nome, Ele Se torna definitivamente fiel a ela, não havendo como esquecê-Lo no contrato, sob pena de o casamento perder as Suas graças.
No livro "Aliança com Deus", que será publicado no Arca Universal diariamente, a partir de amanhã, desde Adão até a Nova Aliança de Nosso Senhor Jesus Cristo, o autor desenha também as faces da mesquinhez e da grandeza humana. Fala-nos desde a pequenez de Caim à sabedoria de Salomão, e descreve como e por que a estrutura da Bíblia está fundamentada a partir dos pactos de sangue, além de analisar a dubiedade da fé dos homens.
Dos altos e baixos dessa dubiedade encontrada nos chefes religiosos e no seu povo, Deus foi sempre renovando a Sua aliança no Velho Testamento, na busca de um líder para compor uma nação santa e de propriedade exclusiva d’Ele, onde as Suas bênçãos seriam abundantes. Mas em vão: "Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda." (Hebreus 8.7).
Eis que, pela misericórdia de Deus, surge a derradeira e superior Aliança, através do sangue do Senhor Jesus Cristo. Com o Seu sacrifício, pudemos declarar, então, a nossa adesão àquela nação santa e às Suas promessas, não mais restritas aos limites de um território ou ao povo dele, mas aberta a todos os que fazem do seu coração propriedade exclusiva de Deus, independente das fronteiras em que tenham nascido, e aceitam o Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Isso se confirma nas palavras de Paulo aos romanos "Não foi por intermédio da lei que a Abraão ou a sua descendência coube a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante a justiça da fé. Pois, se os da lei é que são os herdeiros, anula-se a fé e cancela-se a promessa." (Romanos 4.13-14)
O bispo Macedo nos faz ver o quanto é bom ter o Senhor Jesus Cristo como Salvador, já que somos crianças espirituais. Tê-Lo como Salvador significa contar com o Divino Mestre para guiar-nos, consolar e curar.
Tê-Lo como Salvador significa passarmos de servos a mestres, para orientar, educar, aliviar e cuidar dos nossos semelhantes. É como se voltássemos ao encantamento daqueles tempos de criança que Jesus abençoou, dizendo: "...Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. " (Mateus 18.3).
É como o encontro feliz de uma criança rumo aos presentes prometidos pelo Pai Eterno e aos folguedos espirituais nas novas e luminosas manhãs sob as bênçãos do Senhor Jesus Cristo!
Na Bíblia, dois lugares santos marcaram a história das alianças: os Montes Sinai e Calvário. Neles, a presença e o poder de Deus foram de tal monta, que convulsionaram os elementos da natureza, traçando um denominador comum aos dois. Do primeiro temos a seguinte descrição: "Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente." (Êxodo 19.18).
E, no Monte Calvário, vemos: "Já era quase a hora sexta, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona. E rasgou-se pelo meio o véu do santuário." (Lucas 23.44-45).
Completaram-se as alianças: uma da Lei, e a outra da Graça.
Portanto, podemos afirmar que este livro fará com que os leitores viajem pelo passado, repensem o presente e se tornem esperançosos quanto ao futuro. Que o leitor possa ser abençoado por Deus através da leitura deste livro e que cada palavra fique gravada no seu coração.
Trecho do livro "Aliança com Deus", do bispo Edir Macedo
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