Em busca da nova vida

Como a entrega a Deus pode mudar um homem

O batismo, como todo cristão sabe, é a oportunidade de ter uma nova vida. Aquele momento em que as águas tocam a pele é, perceptivelmente, o momento em que o Espírito Santo de Deus nos acaricia e deposita, no corpo antigo, um destino novo.

Carlos Nascimento (na foto abaixo com sua esposa, Maria do Nascimento), de 44 anos, conhece bem a importância de sentir o Espírito renovar uma vida. Hoje casado e respeitado, ele já esteve muito longe dos ensinamentos divinos.

Carlos era uma criança de 11 anos quando se envolveu com drogas. Primeiro o lança-perfume, seguido pela maconha, cocaína e, finalmente, o crack. Evidentemente, não poderia seguir sua vida normal.

Primeiro largou os estudos, ainda na 4ª série do Ensino Fundamental. Em seguida, com apoio dos colegas, passou a roubar. Padarias, farmácias, mercadinhos. Todo pequeno comércio era alvo dos garotos, que visavam, em primeiro lugar, comprar mais drogas, e, sobrando algum dinheiro, comprar tênis e objetos que aquelas crianças do Capão Redondo, na periferia da zona sul de São Paulo, não conseguiriam honestamente naquele momento.

Foram 15 prisões, totalizando quase 4 anos de detenção.

“A cada dois, três roubos eu ia preso. Chegou o momento em que eu ia preso três ou quatro vezes em um mês”, lamenta Carlos.

Já envolvido com o crime organizado, subornava autoridades para conseguir a falsa liberdade.

Liberdade mentirosa

A liberdade que Carlos obtinha ao sair da prisão era mentirosa. Na verdade, ele estava cada vez mais preso ao vício e ao crime. “De onde cheguei é impossível sair, a menos que você esteja preso.”

Foram três overdoses antes de tomar a decisão que lhe mudaria a vida: procurar por Deus.

Os pais de Carlos frequentavam a Universal, mas nunca conseguiram fazer o garoto se interessar por ela. Só a "carícia" da morte o fez perceber que era necessário mudar sua vida. Aos 22 anos de idade, ele decidiu ir até a igreja.

Na primeira noite, Carlos se livrou do vício das drogas. Impulsionado pela falta de vontade de fugir para o mundo químico, abandonou, aos poucos, as más companhias. Não foi fácil, mas Deus o carregou nos braços até que o terreno pantanoso fosse deixado para trás.

Batismo: a nova vida

Hoje, com o peito inflado de orgulho, Carlos garante que o trabalho que a Universal faz dentro dos presídios é inigualável. “Só quem já esteve lá dentro sabe a sensação. Muitos levam a Bíblia, mas poucos alcançam o presidiário. Noventa por cento dos detentos conhecem a Palavra de Deus. O que a Universal faz é alcançar nosso coração para que nossa vida verdadeiramente mude.”

Nas palavras de Carlos, a Universal leva até os presos o Deus que a sociedade não leva. Quando um homem é detento, ele perde o apoio da sociedade e da família, fica sozinho e sem esperança. A Palavra de Deusé a única porta que resta para a sobrevivência.

O pastor Luís Coelho, que recentemente coordenou uma visita à Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos, na Grande São Paulo (fotos), concorda: “Não é a água ou o pastor que faz a transformação na vida do batizado, mas a fé, a decisão e a certeza de que a partir daquele momento tudo será diferente, pois Deus entrará no controle.”

Prova disso é a receptividade dos presos.

Carlos é obreiro há mais de 15 anos e já visitou muitos presídios. Conhece bem os dois lados da história e comemora a oportunidade de hoje poder levar a Palavra para quem realmente precisa ser resgatado.

É um homem casado, empresário, estudante do 3º ano de direito e fiel a Deus. Sua vida começou mais de 20 anos após seu nascimento, e ele sabe que só o Senhor Jesus é capaz de mantê-lo vivo.